Por que celebrar missas de sétimo dia, um ano de falecimento?
A Missa de 7º dia é uma prática brasileira, destina-se em primeiro lugar a permitir que os parentes do defunto se encontrem.
É uma herança dos tempos antigos, onde o deslocamento das pessoas era difícil, não haviam estradas, nem ônibus, nem automóveis nem caminhão nem avião, para trazerem os parentes do morto para o velório.
Como vivemos num pais tropical, o cadáver não pode ficar insepulto por mais de 24 horas e assim sendo, não havia tempo hábil para quem estivesse longe chegar.
Então a Igreja adotou esta prática, de celebrar uma semana depois, uma missa em homenagem ao morto, na qual os familiares pudessem se encontrar ,inclusive com aqueles q não chegaram em tempo hábil pro sepultamento.
É só isso, não existe mistério nos 7 dias, eles apenas correspondem à uma semana, q era o tempo suficiente para reunir todos.
Como toda prática, vira costume ou cultura, adotou-se até hoje esse período de 7 dias para celebrar a memória dos que partiram.
Portanto não se faz missa pelo falecido, a missa é celebrada, como renovação do sacrifício de Cristo e , quando nela se coloca a intenção pelo falecido é para deixar bem claro, que , através da comunhão dos santos, rezamos em memória do defunto.
Não há periodicidade pré definida, usa-se celebrar o aniversário da morte como a comemoração da chegada do nosso ente querido na presença de Deus.
Outros gestos de carinho pelos que passaram nesta vida.
Nunca é demais insistir na importância de se orar pelos mortos.
Essa oração é um gesto de fé, um gesto de amor e um gesto de esperança. Fé na vida que começa com a morte, fé na comunhão dos santos, na ressurreição da carne e na vida eterna. Sem essa fé, a oração pelos mortos não teria sentido, não é mesmo?
Se para nós morreu, morreu. Se para nós morreu, acabou tudo. Se para nós nada podemos fazer pelos que morreram, por que orar por eles? Mas não é mesmo?
E por que missa de terceiro dia, como era comum no passado, e missa de sétimo dia, mês e ano como acontecem hoje?
Os estudiosos entendem que determinados tempos se tornam mais propícios para se orar e se alcançar o favor de Deus.
Então, há quem afirme que :
O terceiro dia após a morte lembra que Jesus ressuscitou ao terceiro dia.
O sétimo dia estaria ligado ao fato de Deus ter feito o mundo em seis dias e no sétimo ter descansado.
E a missa no trigésimo dia seria uma referência ao mês de luto que Israel guardou pela morte de Moisés.
Já a missa de um ano de falecimento seria uma forma de testemunharmos que, assim como o aniversário natalício é comemorado de ano em ano, o dia da morte também pode ser comemorado porque significa o dia em que a pessoa morreu para este mundo e entrou na plenitude da vida junto de Deus.
É bom lembrar, que não importa o dia certo para testemunharmos nosso amor pelos nossos entes queridos que passaram para a vida eterna. O amor não marca dia. É o coração que deve ditar os momentos de orarmos por eles. É por isso que em muitas paróquias se celebra a missa da esperança uma vez por semana, reunindo todas as famílias que na semana anterior experimentaram a dor de ver partir um membro querido para a casa do Pai.
Nunca é demais insistir na importância de se orar pelos mortos.
Também tem a história de um monge que era ecônomo do convento, e quando morreu descobriram que ele guardava todo dinheiro de doações dentro de seu colchão.
E para reparação deste pecado os irmãos rezaram uma missa por dia durante 7, depois 30, depois um ano pelo descanso e perdão desse pecado.
Clovis Varo
Comunidade Católica Shalom
Missão Guarulhos
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