“O Amor é a vocação fundamental e originária do ser humano”
(CAT. 2392)
Certa vez lembrei uma pregação para jovens sobre sexualidade, onde um jovem, levantando o braço, questionava o pregador sobre o porquê Deus não tiraria o prazer que fazia com que muitos jovens procurassem uma vida desregrada, buscando nas facilidades do mundo saciar o vazio que havia dentro de si. Não me recordo da resposta deste pregador, porém o que queria partilhar é o questionamento deste jovem, questionamento que pode existir em muitos corações.
Para responder essa questão, primeiro é preciso saber qual o sentido da relação conjugal (sexual). Deus criou o homem e a mulher, com sua identidade sexual.
“Existe entre o homem e a mulher a mútua correlação, o sentido de uma tarefa e de uma responsabilidade para a transmissão da vida no pleno cumprimento do amor. Portanto, o fim da sexualidade expressa a vontade divina, é comunicar o grande dom da vida. Sexualidade, no sentido cristão, se entenda como doação ao cônjuge e a vida nova (Familiares Consortio, n.11)
São dois os sentido da relação conjugal dentro do matrimônio:
Sentido Unitivo, a fim de unir o casal (neste caso, casal unido pelo sacramento do matrimônio), de criar laços mais profundos... “e sereis uma só carne” (Gen 2,24.)
Sentido Procriativo, a fim de gerar novas vidas. “crescei e multiplicai-vos” (Gen 1,24)
Neste segundo, Deus, que é criador de todas as coisas, confia ao homem e a mulher a colaborar da obra criadora, na concepção e na geração de um novo ser humano.
Para facilitar o cumprimento dessa “obrigação”, Deus associa um prazer ao ato gerativo para que o dom da vida não ficasse a perigo. Isso é uma verdade que é muito bela, muito pura, mas que o pecado original, feriu e alternou a ordem natural: esse apetite ou prazer desodena-se e a razão não domina completamente a retidão das paixões.
Para que a ordem possa ser restabelecida, Deus nos dá a graça da castidade, que é possível de ser vivida, mesmo com as nossas fraquezas.
“A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e com isso a unidade interior do homem com seu ser corporal e espiritual. A pessoa casta mantém a integridade das forças vitais e de amor depositado nela, essa integridade garante a unidade da pessoa”, e se opõe a todo comportamento que venha a feri-la; não tolera nem a vida dupla, nem a linguagem dupla ” Cat. 2337, 2338; Mt 5,37.
Shalom
Nati
0 comentários:
Postar um comentário